Saudações, leitorada! Que tal mais uma resenha? haha. [:
O livro não era um dos primeiros na lista, mas um colega apostou comigo que eu não conseguiria lê-lo em dois dias. E li. Hahaha. #FicaDica: Nunca aposte que um bookaholic não conseguirá ler certo livro em certo período de tempo. Invariavelmente, você perderá a aposta. Haha.

Autor: Graciliano Ramos
Editora Record
175 páginas
Sinopse:
O que impulsiona os personagens é a seca, áspera e cruel, e paradoxalmente a ligação telúrica, afetiva, que expõe naqueles seres em retirada, à procura de meios de sobrevivência e um futuro. Apesar desse sentimento de transbordante solidariedade e compaixão com que a narrativa acompanha a miúda saga do vaqueiro Fabiano e sua gente, o autor contou: “Procurei auscultar a alma do ser rude e quase primitivo que mora na zona mais recuada do sertão… os meus personagens são quase selvagens… pesquisa que os escritores regionalistas não fazem e nem mesmo podem fazer …porque comumente não são familiares com o ambiente que descrevem…Fiz o livrinho sem paisagens, sem diálogos. E sem amor. A minha gente, quase muda, vive numa casa velha de fazenda. As pessoas adultas, preocupadas com o estômago, não tem tempo de abraçar-se. Até a cachorra [Baleia] é uma criatura decente, porque na vizinhança não existem galãs caninos”. VIDAS SECAS é o livro em que Graciliano, visto como antipoético e anti-sonhador por excelência, consegue atingir, com o rigor do texto que tanto prezava, um estado maior de poesia.
Resenha:
“VIDAS SECAS é o livro em que Graciliano, visto como antipoético e anti-sonhador por excelência, consegue atingir, com o rigor do texto que tanto prezava, um estado maior de poesia.”. Não há frase mais correta sobre o livro, do que a encontrada na sinopse do Skoob. Sabe disso quem leu o livro.
Não sei bem como começar a falar desse livro. É profundo, ao mesmo tempo simples; triste, e, mesmo assim, cheio de esperança. Há mais contraditórias nesse livro do que qualquer outra coisa. Em síntese, é tudo muito simples de se entender: o livro conta a trajetória de uma família nordestina que busca a fuga da seca e a desgraça que ela traz. Vemos os sofrimentos daqueles seres, que não querem nada mais do que viver como “gente”, sem ter de andar pra lá e pra cá para não passar fome. A família se constitui de Fabiano, sua esposa e seus dois filhos, e Baleia – claro – a cadelinha deles. O livro já começa com eles fugindo, andando à esmo em busca de um lugar onde a seca não estava tão forte. Quando conseguem o lugar para viver, vemos como suas vidas, mesmo em um lugar fixo, não é fácil; pessoas ricas se aproveitando da ignorância deles, problemas com policiais exercendo seu poder erroneamente… Enfim. Sem romance, sem promessa de felicidade, esse livro só teve o único objetivo de contar a realidade dura de quem vive no sertão.
O mais impressionante é a forma como o livro é narrado. Graciliano Ramos teve o cuidado de montar personagens como verdadeiramente são: pessoas ignorantes, que não sabiam falar muito bem, cheios de ideias vagas e erradas na cabeça. De fato, o livro tem pouquíssimos diálogos, e o autor dá ênfase no fato que, algumas vezes, as conversas chegavam a ser incongruentes. Dá para notar a ingenuidade dos personagens mesmo de longe. Todos eles, apesar da quase inexistência de diálogos (há eles, mas são esparsos e não muito longos), são bem reais; Baleia, então, parece gente! Sério mesmo, acabei de ler o livro com a sensação de que o ser mais humano naquela historia toda tinha sido exatamente a cadelinha!
Gostei do livro e o li em pouco mais de um dia. Mas confesso que nem todos gostarão da leitura. Em livros, prezo muito mais a narrativa do autor do que os diálogos, então li o livro de boa. Mas quem está acostumado a ler livros mais dedicados ao publico infanto-juvenil… Não sei se gostarão do livro. De qualquer forma, o mesmo tem aquele toque simples e complexo, tudo ao mesmo tempo, e considero como leitura obrigatória para quem gosta de clássicos.
Nota: 8.0
Ass.: Arine-san
Arine, eu não leio esse tipo de livros, primeiramente porque não termino de ler e também porque fico pra lá de deprimida, injustiça me deixa super deprê… a resenha é boa, mas não leio não… 😉
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Oii, flor! *-*
Gostei bastante da sua resenha!
Temos uma aba em nosso blog chamada “Resenha Clássica”, pra esse tipo de leitura mesmo. Se estiver interessada, pode nos enviar essa sua resenha, e publicamos lá com todos os créditos e tudo mais…e no fim do ano, ainda concorre a um prêmio!
http://buttercupdegalocha.blogspot.com.br/p/resenha-classica.html
Um beijo
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Arine, gostei da sua resenha.
Esse com certeza é um ótimo livro… Um clássico de Graciliano Ramos.
Inclusive, quando fui prestar vestibular, essa obra foi uma das recomendações
de leitura… Mas, como eu estava muito preocupado com as demais matérias
e as obras literárias não tinham tanto peso, eu não li “Vidas Secas”… Apenas peguei alguns resumos da internet, vi alguns vídeos e li algumas matérias sobre
a obra… GRAÇAS A DEUS deu certo e eu passei! Isso não quer dizer que eu não vá ler este clássico futuramente. Espero um dia ter essa oportunidade…
Um abraço!
Beijos.
http://ymaia.blogspot.com.br/
“No dia 20 de julho dê livros de autores nacionais de presente!”
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Olá flor! Eu li este livro e achei ele ótimo, e bem triste mesmo.
é incrível como a cachorra baleia parece gente também e tem um papel bem importante na história,ótima resenha 🙂
meu blog também está com resenha nova,se quiser depois olha lá ^^
strawberrydelivrosefilmes.blogspot.com.br
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Oii *-*
Sua resenha foi publicada no blog!
Se quiser divulgar pro amigos, no blog e tudo mais, no fim do ano a resenha mais comentada ganha prêmio!
Parabéns pela resenha!!! *-*
Um beijo
http://buttercupdegalocha.blogspot.com.br/2012/07/vidas-secas-graciliano-ramos.html
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Arine, adorei sua resenha :]
Eu, particularmente, adoro clássicos e das obras de Graciliano que li, essa é a que mais me emociona. Realmente quando se lê Vidas Secas temos a impressão de que a Baleia é o ser mais ''humano'' do livro. Já li esse livro umas 3 vezes e sempre fico comovida quando leio a parte da morte da Baleia.
Adorei seu blog, continue postando haha 😀
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Flor, parabéns pela resenha eu tenho uma vaga lembrança de já ter lido este livro, mas nem com a resenha conseguir relembrar bem, mas já faz muitos anos mesmo. rsrsr
Beijokas!
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